A retomada das atividades relacionadas com o comércio da moda festa alto padrão teve seu início marcado por grandes esforços investidos para compensar prejuízos financeiros decorrentes da falta de insumos. Com a baixa da produção de eventos no Brasil, tecidos mais sofisticados voltados exclusivamente para o nicho de casamentos, formaturas e celebrações do tipo, tiveram suas produções ainda mais racionadas.
De acordo com o site Agência Brasil, a paralização de eventos ocasionada pela pandemia atingiu 97% do setor em 2020, o que refletiu no cancelamento de mais de 350 mil eventos com um déficit de, pelo menos, 90 bilhões no faturamento, e em 2021, mais de 530 mil eventos deixaram de ser realizados. Já as projeções calculadas pelo IEMI apontam que mesmo com o aumento da produção de roupas no país em 2022, que sobe para 5,79 bilhões, é somente em 2023 que os números de 2019, 6,31 bilhões, serão ultrapassados, podendo chegar a 6,55 bilhões de peças.
Segundo a Abit, entidade que representa a indústria têxtil nacional, o crescimento da produção deve desacelerar para 1,2% até o final de 2022, depois dos 11,7% estimados no ano anterior, enquanto o avanço das vendas internas deve recuar de 14,5% para 1%. Somando os dois anos, o setor ainda terá dificuldades de recuperação sobre o tombo de 17% e 22,5% registrado na produção e nas vendas, respectivamente, em relação ao prejuízo causado pela pandemia no ano de 2020.
No ramo dos vestidos voltados para a moda festa alto padrão, o cenário de escassez de insumos relacionados com este tipo peculiar de indumentária mostrou-se ainda mais acentuado devido ao fechamento de diversos estabelecimentos que prestavam tais serviços relacionados. Na análise de Julliet Torres, proprietária da Villa Paris, loja especializada no ramo, “por se tratar de um mercado mais refinado, esse foi um período de desafios que foram superados apenas por empresas que tiveram um bom planejamento financeiro”.
Para mais informações, é possível acessar o portal www.villaparis.com.br