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Novos serviços digitais de bancos desafiam a segurança da informação



Os bancos brasileiros estão numa corrida para se tornar 100% digital, mantendo a posição do setor de vanguarda na adoção de tecnologias de ponta. A nova jornada não é apenas para reduzir custos das transações financeiras, mas também para melhorar a experiência do cliente conectado e oferecer atendimento personalizado com segurança máxima.

Promover essa revolução tecnológica não é tarefa fácil. São grandes os desafios que as instituições enfrentam para lançar mão de inovação com inúmeras camadas de proteção aos clientes online, principalmente os que utilizam dispositivos móveis. Ainda são poucos os que mantêm seus smartphones e tablets blindados com todos os mecanismos de segurança.

Por outro lado, essa situação abre novas oportunidades para fornecedores que têm no portfólio um conjunto de soluções de serviços financeiros digitais. Os contatos para novas parcerias que garantam a competitividade do setor de bancos/financeiro já começou e devem movimentar o mercado de TI nos próximos anos.



Cliente conectado motiva busca por novos serviços digitais pelo setor financeiro

Algumas dessas inquietações e tendências estiveram no centro das discussões do Ciab 2016 (Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras), realizado entre os dias 21 e 23 de junho no Transamérica Expo Center. A transformação digital foi o tema central do evento, que ressaltou a necessidade de investimentos maciços em novas tecnologias para atender os anseios do cliente conectado.

As instituições querem fortalecer o banco móvel, ampliar o uso de inteligência artificial, internet das coisas (IoT) e de big data para conhecer melhor o correntista com análises inteligentes em tempo real. O setor também demonstrou interesse pelo avanço das fintechs (startups de tecnologia voltadas para setor financeiro) e adoção do blockchain, tecnologia que usa métodos sofisticados de criptografia para permitir um registro público e descentralizado de transações, em avaliação pelo Banco Central.

Investimentos maciços em TI
Esforço é o que não falta aos bancos brasileiros para a transformação digital. O setor investiu no ano passado R$ 19 bilhões em TI, segundo pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) sobre tecnologia bancária de 2015.

Embora, o montante tenha ficado abaixo dos R$ 21 bilhões aplicados em 2014 por conta da desaceleração da economia, as instituições financeiras continuam entre os segmentos do País que aportam mais capital para projetos de informatização. Os bancos representam 13% no volume total de gastos de TI no Brasil e ficam atrás somente do setor de governo, que detém participação de 14% das despesas com tecnologias da informação no mercado nacional.

Do total de investimentos, 41% foram aplicados em software, principalmente para atender as demandas do Mobile Banking, o canal digital que mais cresce dentro das instituições financeiras por conta da popularização dos smartphones no Brasil.

O Mobile Banking registrou 11,2 bilhões de transações bancárias em 2015, um salto de 138% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 4,7 bilhões de operações via dispositivo móvel. Com esses resultados, o Mobile Banking assumiu a posição de segundo canal preferido pelos brasileiros para transações bancárias, depois do Internet Banking, com 17,7 bilhões de transações em 2015.

A evolução do Mobile Banking e Internet Banking fez com que o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizasse, em abril deste ano, os clientes bancários a abrir e fechar contas pela Internet. A medida obriga o setor a adotar novas tecnologias para realizar essas operações com seguranças.

Soluções em serviços digitais garantem competitividade para bancos e empresas financeiras

Desafios da segurança
O crescimento exponencial do Mobile Banking aumentou a responsabilidade das instituições financeiras no quesito de segurança da informação. Todos os bancos estão debruçados em cima de desenvolvimentos e busca de novas tecnologias que garantam transações seguras pelos smartphones, tablets e outros dispositivos móveis.

O estudo Unisys Security Insights, divulgado em julho de 2015, revelou que mais da metade (53%) dos brasileiros entrevistados se preocupa com uma violação em seus dados pessoais que são armazenados por empresas e agências do governo. Este resultado coloca o País atrás apenas da Holanda (59%) e Alemanha (58%) com os níveis mais altos de declarações sobre esta preocupação entre as 12 nações pesquisadas.

O terceiro segmento econômico mais vulnerável na percepção dos brasileiros é o setor bancário, apontado por com 53% dos entrevistados, atrás do setor de telecomunicações (71%) e governo (60%).

Para Luis Delphim, diretor responsável pela vertical financial no Brasil, “os bancos sempre foram neuróticos com as questões de segurança, mas hoje esse trabalho está mais difícil”. Ele avalia que há investimentos pesados pelo setor nessa área, mas o cliente está vulnerável e precisa ser educado e conscientizados sobre riscos que corre com uso de dispositivo móvel.

O executivo observa que há mais sistemas operacionais móveis sem proteção que podem ser alvo do cibercrime. Além disso, muitos dos usuários móveis não se atentam para os perigos de acessar o banco por redes Wi-Fi de locais públicos.

“Tem também os usuários que esquecem o smartphone aberto na mesa da sala e os que não se preocupam com criptografia e criação de senhas fortes”, constata Delphim.

Alternativas para reforçar a proteção
Existem novos mecanismos para reforçar a segurança em instituições financeiras. Delphim, da Unisys, considera que a biometria é uma ferramenta eficaz. Essa tecnologia está sendo disseminada pelas instituições financeiras nos caixas eletrônicos, com autenticação pela impressão digital que em substituição das senhas tradicionais.

Porém, a tendência é de expansão dessa tecnologia para os smartphones por meio de reconhecimento facial em 3D. “Esta tecnologia já está em teste em alguns bancos”, informa Delphim.

Outra tecnologia apontada pela Unisys para aumentar a camada de proteção dos clientes do banco online são os aplicativos que fazem encapsulamento do IP dos smartphones durante as transações nas redes Wi-Fi, protegendo os usuários contra ameaças.

Esses são apenas alguns dos instrumentos que podem ser combinados com criptografia forte, firewall e VPN (Virtual Private Network) e outras ferramentas para reduzir os riscos nas transações financeiras.

Segundo Delphim, a Unisys tem sido bastante requisitada por bancos brasileiros para apoiar no fornecimento do arsenal de segurança da informação para permitir transações seguras aos clientes desde o acesso até a finalização das operações por meio dos diferentes dispositivos.

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