A cloud computing está atraindo cada vez mais empresas que antes abrigavam toda a tecnologia em parrudos departamentos de TI. Todos os grandes fornecedores correm atrás dessa demanda e essa é uma competição com vários tropeços. Uma que pode dizer que não está perdendo tempo é a Oracle. A empresa reportou receita no trimestre acima das estimativas dos analistas, impulsionada pelas vendas de software e infraestrutura em nuvem
O quarto trimestre do ano fiscal de 2016, encerrado em 31 de maio, totalizou US$ 10,6 bilhões, superando as estimativas que eram de US$ 10,47 bilhões. Os números de cloud incluem SaaS, PaaS e IaaS e responderam por cerca de 8% dessa receita total da empresa durante o trimestre. Foi uma expansão de 49%, saltando de US$ 576 milhões um ano antes para US$ 859 milhões.
O fato levou o chairman, fundador e CTO da Oracle, Larry Ellison e dar uma sonora indireta a seu novo alvo favorito, a concorrente em cloud Salesforce. O executivo rebateu uma declaração anterior do CEO da Salesforce, que disse que sua empresa estava caminhando para ser a primeira empresa a conseguir US$ 10 bilhões em cloud. Ellison, na apresentação dos números, disse que a Oracle “tem a oportunidade de brigar para ser a primeira a atingir US$ 10 bi”.
Nem tudo foi azul
Os números da Oracle trouxeram um dado negativo. Na comparação trimestral anual a receita registrou uma queda de cerca de 1%. Uma queda pequena e em um momento de transição para cloud, é verdade. Mas mostra que há trabalho a fazer. Apesar do ótimo trimestre, a companhia ainda não pode se dizer uma empresa de nuvem. A maior fatia da receita ainda vem da venda de licenças de software (on premises), que totalizou US$ 7,6 bilhões no quarto trimestre fiscal.
O lucro da Oracle cresceu 2% no trimestre comparado dos anos, de US$ 2,7 bilhões para US$ 2,8 bilhões. No ano fiscal atual, porém, o lucro teve queda de 10%, de US$ 9,9 bilhões registrados no exercício fiscal de 2015 para US$ 8,9 neste ano. Na mesma base e comparação, receita do ano fiscal também caiu, 3%, de US$ 38 bilhões para US$ 37 bilhões. A queda foi amenizada pelo forte crescimento de 36% da receita com serviços de nuvem.
Os números indicam que a cloud é o caminho e a salvadora de empresas de TI tradicionais. Mesmo com algumas comparações em queda, o balanço da Oracle foi recebido em Wall Street e as ações da empresa abriram em alta de 2,23%.
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