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Pesquisa mostra que um em cada cinco internautas tem o hábito de comprar em sites internacionais



Adquirir produtos em sites internacionais já é uma tendência que está em crescente consolidação nos últimos anos no Brasil. Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes lojistas (CNDL) indica que 22% dos internautas têm o hábito de comprar em sites do exterior. [read more=”Continuar lendo…” less=”Menos”]

Os itens mais adquiridos são acessórios para celular, tablet ou computador, como capas, películas, carregadores e pen drive (49%, aumentando para 65% entre os indivíduos das classes A e B), vestuário, calçados e acessórios como cintos e bolsas (42%, aumentando para 57% entre as mulheres), livros físicos ou digitais (20%) e artigos esportivos (19%, aumentando para 27% entre os homens).

O principal motivo citado por 76% dos consumidores para realizar compras em sites internacionais é o preço mais baixo dos produtos em comparação com os sites nacionais. Já a possibilidade de comprar produtos aos quais não têm acesso ou são difíceis de serem encontrados no Brasil foi um argumento mencionado por 53%, seguido da variedade de produtos citado por 48%.



“De acordo com o estudo, a aceitação desse tipo de compra virtual está relacionada aos valores financeiros que fazem compensar a espera do prazo de recebimento e os riscos envolvidos, além da grande oferta de produtos que nem sempre estão à disposição no mercado nacional”, pondera o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

Os entrevistados apontaram também as desvantagens de se adquirir produtos por meio de sites internacionais. O prazo na entrega foi mencionado por 73%, outros 51% disseram não ter a certeza de que o produto será entregue, enquanto 48% citaram a possiblidade de apreensão da compra pela Receita Federal.

Segundo Honório Pinheiro, mesmo que os preços chamem a atenção do consumidor, o segmento ainda esbarra na demora para receber o produto, o que é claramente um fator de desestímulo. “Outro fator que deve ser levado em consideração é a possiblidade de fraude. Se no Brasil ainda há pessoas que compram em sites duvidosos e são vítimas de golpes, o mesmo pode ocorrer com uma compra no exterior. É necessário redobrar a atenção e escolher bem o site, tendo em mente que o pós-vendas como reclamações, trocas e devoluções são mais difíceis de se resolverem”, explica o presidente da CNDL.

Sistema de pagamento seguro é levado em consideração por 29% dos consumidores
Os fatores levados em conta ao realizar uma compra em sites fora do Brasil são o sistema de pagamento seguro (29%), o fato de a loja ser conhecida (28%) e o depoimento de outros compradores (14%). O estudo indica ainda que o tempo médio para o recebimento de compras é de 31,16 dias, sendo que 38% dos entrevistados informam que a entrega levou 31 dias ou mais.

O educador financeiro do portal “Meu Bolso Feliz”, José Vignoli, destaca que mesmo quando tudo transcorre bem no processo de compra e o produto corresponde às expectativas do consumidor, ainda há um ponto a considerar: a taxação imposta pela Receita Federal. “É preciso ficar atento, pois a alíquota que vai incidir sobre os itens adquiridos é de 60% sobre o valor, incluindo as despesas com transporte e seguro. Se o consumidor não pagar, os Correios não liberam a mercadoria. A categoria “livros, revistas e publicações” é isenta. Vale comparar o custo total do produto incluindo o frete, em sites nacionais e internacionais a fim de ver a melhor alternativa da compra” recomenda o educador financeiro.

Metodologia
No estudo foram entrevistados consumidores das 27 capitais brasileiras, entre homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos, de todas as classes econômicas que fizeram compra pela internet no último ano. A amostra de 673 casos foi feita em um primeiro levantamento para identificar o percentual de pessoas que compraram pela internet nos últimos 12 meses. Em seguida, continuaram a responder o questionário 611 casos, que fizeram alguma compra ao longo deste período. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%.

Para ver a pesquisa na íntegra, acesse aqui.

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